Dreams

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Localização: Vila Nova de Gaia, Vila Nova de Gaia, Portugal

sexta-feira, julho 21, 2006

Sabedoria Chinesa

Para que não digam que já não escrevo nada...
Aqui vai um pensamento da sabedoria chinesa. Acho que já nos dá pano para mangas!
Qual de nós poderá dizer que consegue aplicar este ensinamento?

"Ninguém consegue ver o seu reflexo na água corrente. É somente em águas tranquilas que o conseguimos ver."

Eu não consigo :(

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Encontro Marcado

Quando a aflição lhe bateu à porta, o discípulo tomou as notícias do Senhor e leu-lhe a promessa divina: - “Estarei Convosco até ao fim dos séculos…”
Acendeu-se-lhe a esperança no imo dalma.
E, certa manhã, partiu à procura do Mestre, à feição da corça transviada no deserto, quando suspira pela fonte das águas vivas.
Entrou num templo repleto de luzes faíscantes, onde se lhe venerava a memória; todavia, não obstante sentir que a fé aí brilhava entre os cânticos reverentes e flores devotas, não encontrou o Divino Amigo.
Buscou-o nos vastos recintos, onde se lhe pronunciava o nome com inflexão de supremo respeito; contudo, apesar de surpreender-lhe o ensinamento puro, no verbo daqueles que sobraçavam dourados livros, não lhe anotou a presença.
Na jornada exaustiva, gastou as horas… Em vão, atravessou portadas e colunas, altares e jardins.
Descia, gélida, a noite, quando escutou os gemidos de uma criança doente, abandonada à sarjeta.
Ajoelhando-se, asilou-a amorosamente na concha dos próprios braços. Ao levantar os olhos, viu Jesus, diante dele, e, fremente, bradou:
- Mestre! Mestre!...
O Excelso Benfeitor afagou-lhe a cabeça fatigada, como quem lhe expungia toda a chaga da angústia, e falou, compassivo:
- Realmente, filho meu, estarei com todos e em toda a parte, até ao fim dos séculos; no entanto, moro no coração da caridade, em cuja luz tenho encontro marcado com todos os aprendizes do bem eterno…
Debalde, tentou o discípulo reter o Senhor de encontro ao peito…
Através da neblina espessa das lágrimas a lhe inundarem o rosto mudo, reparou que a celeste visão se diluía no anilado fulgor do céu vespertino, mas, na acústica do próprio ser, ressoavam para ele agora as palavras inesquecíveis:
- Toda a vez que amparardes a um desses pequeninos, por amor de meu nome, é a mim que o fazeis…

Meimei in O Espírito da Verdade


Podem perguntar porque coloco este texto neste blog e responderei que é uma partilha por me ter sido, também a mim, facultado este texto, quando mais precisava. Muito se pode falar, podemos até concordar e abanar a cabeça como se fazia na escola só para nos deixarem em paz, mas fica sempre a nossa consciência e a nossa alma sedosa de aplicar os ensinamentos. Não só nos acalenta as mais variadas dores como nos mostra o caminho. Ficar parado, ler, anuir e continuar parado, não nos leva a lado nenhum. E é isso que fazemos. Procuramos o nosso caminho em estradas sem obstáculos, procurámo-lo nas mais variadas facilidades e se puderem fazer por nós ainda melhor. Mas não nos podemos retrair perante o ensinamento e a necessidade de praticar. Temos realmente um encontro marcado e teimamos em adiar esse encontro. Mas já nos advertiram que “Se não for pelo Amor será pela Dor, mas todos nós encontraremos o caminho que nos leva à perfeição.” Jesus oferece-nos o caminho pelo amor, nós preferimos a dor. Depois perguntamos “Que mal fiz eu a Deus?” a pergunta está mal feita. Que mal nos fizemos a nós mesmos? Fazemo-lo sempre que ocultarmos verdades com hipócritas demonstrações de fé ou por simples orgulho de que nada que provém do divino existe. Precisamos urgentemente de caminhar para chegar, mesmo que 2000 anos atrasados, mas precisamos chegar ao encontro marcado o mais rapidamente possível.
É apenas a minha interpretação. Este texto foi a resposta do meu Anjo às minhas perquirições. O seu recado foi muito simples: “Caminha que te ajudarei a caminhar. Quanto maior a responsabilidade, menor terá que ser o descanso e maior será a tarefa de ajuda ao próximo.” Confesso que o recado foi um pouco maior que este, mas este é aquele que posso partilhar com todos.
Caminhemos de encontro ao Mestre e que possamos chegar ao rendez-vous o mais rapidamente possível.

sábado, janeiro 28, 2006

O Libertino


Não sendo e não querendo de todo ser crítico de cinema, tenho forçosamente que comentar este filme. Johnny Depp, um monstro das artes performativas, desde o mais comercial com “Os Piratas das Caraíbas”, o Enigmático e psicótico “A Janela Secreta”, até aos filmes de culto de Tim Burton, “O Estranho Mundo de Jack”, “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, “ A Noiva Cadáver”, actor versátil e talentoso como só ele. Desta feita pode ser visto noutro filme “O Libertino”. Desde a sua introdução, vestindo o seu papel até ao descerrar do pano, consegue levar-nos a estados d’alma diversos como nos havia prevenido no intróito. Não consigo descrever esses estados d’alma; revolta, paixão, incredulidade…??? Posso sim ter certeza do que senti quando acabou o filme; compaixão! A magnificência do filme não passa apenas pelo facto histórico, pela realização incomum e brilhante ou pela interpretação do excelente elenco, mas também pela banda sonora. Michael Nyman prova de novo a sua capacidade de compor retrocedendo no tempo. Mostra-nos como é conhecedor da História da Música e da forma de composição de determinada época. Poderemos pensar que bastam aplicar as técnicas vigentes dessa época, mas não se pode vivenciar uma época se não se sentir as suas crenças ideológicas. Em todos os períodos da História da Música os compositores intervinham na sociedade com as suas composições e a sociedade intervinha nas suas composições. Temos o exemplo de Beethoven que transita do Classicismo para o Romantismo e podemos analisar a sua evolução consoante as suas ideologias. 1ª fase; a alegria da juventude e inconsequência. A 2ª fase perdidamente entusiasmado com os ideais Napoleónicos. 3ª fase, a decepção relativamente a Napoleão. 4ª fase; perdidamente apaixonado, mas contudo inacessível, quase platónico. 5ª fase; os problemas com o seu sobrinho e consequente decepção. 6ª fase; a doença que o levaria à morte. Apenas dou este exemplo por ser aquele que melhor nos prova a dificuldade de retroceder no tempo em termos de composição. Michael Nyman é, sem dúvida, exímio nesse capítulo. Disso prova não apenas este filme como o de todos nós conhecido “O Piano”. Limitar-me-ei a este breve texto já que, como dizia, em nada me consigo assemelhar a um crítico de cinema, mas não podia deixar de dar o meu parecer e incentivar-vos a verem o filme para se deliciarem, mais uma vez, com uma interpretação soberba.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

This one’s made for you This one says goodbye

To someone I’ve lost in the haze of pride
This one’s made for you
This one says goodbye

The only thing I’ve ever wanted
Was to know you, to feel you

We did it all wrong
And know we are apart

There’s no star to look at
No memory that last

I keep the few moments we shared together
Like a treasure found in a great blue sea

Yet it can’t last forever
And I’m afraid to forget

Life is a maze
But you’re not the aim
You’ll not be in the finish line

I believe in eternity
And to what it’s beyond we see
That’s why I know we’ll again meet

This ain’t a love song
But…
This one’s made for you
This one says goodbye

segunda-feira, janeiro 09, 2006

The Beginning continued...

Still blind
Still unreal
Still fresh
Still a child

We see what we want
We hear what we like
The child will always be a child
And dreams will always be dreams


The fear to fail
Leaves Men into madness
Yell an woeful hail
Or cry the tears of repent

The path’s not always clean
It delays the target
Mind is the key
To free yourself from haze

domingo, janeiro 01, 2006

2006

Mais um ano se passou. Mais uma passagem de ano. Pode-se dizer que esta passagem de ano foi completamente diferente da anterior, com outras pessoas, outros ambientes, mas poderei dizer qual delas a melhor? Acho que não posso. Gostei de ambas. Sabem porquê? Porque o ingrediente principal não é ocasião, são as pessoas que compõem o conjunto. Será, então, justo afirmar que seja qual for o ano em que estejamos, que possamos estar com as pessoas que nos completam, nos fazem sorrir, sabem do que gostamos.
Aproveita-se esta ocasião para reformular os nossos objectivos. Já repararam que de ano para ano os nossos objectivos mudam? O que era tão importante o ano passado já não o é este ano? Já nem faz parte dos planos mais recônditos do nosso ser?! Mas afinal de que precisamos nós? Saberemos exactamente o que precisamos ou apenas sabemos o que queremos/desejamos? Já dizia Confúcio “Tem cuidado com que desejas, pode tornar-se realidade!”. Menciono este ditado porque, efectivamente, já desejei muita coisa que se tornou “uma pedra no sapato”. Isso faz-me pensar que não sei muito bem o que desejar. Quais serão então os meus votos para este ano? Porventura o que Sócrates disse: “Conhece-te a ti mesmo” ligando outra que aprendi no Espiritismo “…e transforma-te!” Conhece-te e transforma-te! Que melhor voto poderia eu formular!? Estou longe de me conhecer e a transformação torna-se urgente. Fazendo-me alguma justiça e comparando com o ano passado, penso que já me conheço um pouco melhor e mediante isso também me transformei. Seguir uma linha evolutiva e deixar para trás o que para trás ficou. Será muita coisa para fazer para este ano. Sim, serão estes os meus votos! Possa eu estar mais perto do meu Anjo-da-Guarda para o conseguir.
Espero que consigam concretizar os vossos votos pois é extremamente importante ter objectivos e lutar por eles. Feliz 2006.

terça-feira, dezembro 06, 2005

É Natal!

É Natal! É chegada a época do amor, da paz, da concórdia!
Uma vez por ano sensibilizamo-nos e pensamos nos mais desfavorecidos, mas claro, estando nós sempre quentinhos e tendo dinheiro no bolso para comprar as prendas (supérfluas ou não), aos mais queridos, como regra social!
Realmente o espírito é dar… dar para receber! No meio disto tudo esquecemo-nos dos mais necessitados. Lá vem outra situação que nos faz lembrar esses infelizes e apiedamo-nos. Rapidamente esquecemos isso porque nos falta comprar mais uma prenda para a tia que deu um Rolex o ano passado. Há que saber retribuir com igual elegância e bom gosto. Atarefamo-nos qual formiga mas a intenção é outra. Não nos atarefamos para recolher e prover.
No entanto, lá está aquele que consideramos infeliz e que nos vê tão azafamados. Interroga-se, imagina estar na nossa pele. Imagina as roupas que compraria, o que daria ao filho, à filha, à mãe ou ao pai. Não se esquece de abastecer a sua mesa com tudo a que tem direito por tradição do Natal! A realidade sobrepõe-se ao sonho, à ilusão. Sabe que não poderá ter nada disso. Inveja-os e acha-os sortudos. O seu coração pesa. Faz contas, estuda as hipóteses, chega a uma conclusão: “ Sou um infeliz! Sou um pai de família e não consigo dar-lhes o que “manda” a tradição.” Como explicar ao filho que o colega da escola tem uma PlayStation porque o pai dele tem essa possibilidade? Ele não tem! Como reunir a família à volta de uma mesa cheia de nada ou de muito pouco? Sente vontade de pedir aos atarefados algo da sua farta provisão. O seu orgulho não deixa, sente vergonha. No entanto, volta a pensar na mesa vazia e enche-se de coragem, de olhos marejados em lágrimas, pede ao atarefado imbuído do espírito natalício, que cantarola as músicas da quadra presente, uma pequena ajuda para a sua Ceia de Natal. A resposta não se faz esperar: “Agora não tenho tempo, ainda tenho muitas prendas para comprar!” ….
É pedido a este pai de família que continue a acreditar no Natal, no amor, na paz, na concórdia. Afinal é esse o espírito de Natal!
O atarefado chega cansado a casa. Liga a televisão enquanto janta e comenta as compras que efectuou. Uma reportagem chama a sua atenção no telejornal:
“- No relatório "The State of Food Insecurity in the World 2001", a FAO referia que, em 1999, existiam 815 milhões de pessoas mal nutridas no mundo. Dessas, 777 milhões viviam em países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição e onze milhões nos países industrializados. Os dados do Banco Mundial afirmam que 820 milhões de pessoas "não têm alimentos suficientes para levarem vidas saudáveis e produtivas" e que 160 milhões de crianças têm peso a menos para a sua idade.” (in Público). O seu coração se enche de boa vontade, daquilo a que o Natal nos sugere e comenta: “ – Meu Deus! Que desumanidade. Tão ricos e não ajudam esses desgraçados que passam fome!”
Acredita realmente no que diz, mas esqueceu-se de fazer a sua parte. Esqueceu os infelizes que batem à sua porta e que fazem parte dessas estatísticas.

As luzes na cidade continuam acesas, a época natalícia continua no dia seguinte. Continuam-se a ouvir as melodias de sempre envolvendo, qual hipnose, os atarefados “felizes”. Diz-se que é Natal.